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Gustave Flaubert

Quem foi?

Biografia

Gustave Flaubert foi um importante escritor francês do século XIX. Nasceu na cidade de Rouen (França) em 12 de dezembro de 1821 e faleceu em Croisset (França) em 8 de maio de 1880.

É considerado um dos principais representantes do Realismo. Destacou-se por seus romances e contos. Sua principal obra foi o romance “Madame Bovary” de 1857.

Romancista francês, Gustave Flaubert nasceu a 8 de dezembro de 1821, em Rouen, França, e morreu a 8 de maio de 1880, em Croisset. Filho de um cirurgião que trabalhava no Hospital de Rouen, fez os estudos secundários na sua terra natal e matriculou-se em Direito na Sorbonne. Em 1844, os primeiros sintomas de doença nervosa que o havia de afligir toda a vida levaram-no a abandonar o curso. O pai procurou contrariar as suas tendências literárias, mas depois da morte deste, em 1846, Flaubert regressa a Rouen e instala-se em Croisset, nos arredores da cidade. Herda do pai uma razoável fortuna que lhe possibilita entregar-se livremente à arte. E aqui que passa o resto da vida, salvo raras estadias em Paris e algumas viagens por França, Itália e Norte de África.

A sua incursão na literatura começou na escola e data de 1837, ao redigir num jornal de estudantes, Art et Progrès, e depois a revista Le Colibri. Formou uma estreita amizade com o jovem filósofo Alfred Le Poittevin, que o iria influenciar bastante com o seu pessimismo. De novembro de 1849 a abril de 1851, visitou com o amigo escritor Maxime du Camp a Grécia, a Itália, a Siria, a Turquia, o Egipto e a Palestina. Destas viagens surge o livro A bord de la Cange. Quando já tinha adiantada a redacção de La Tentation de Saint Antoine, interrompeu-a para escrever o seu grande romance Madame Bovary, que em 1857 foi publicado em folhetins na Revue de Paris. Esta obra, que lhe custou cinco anos de trabalho, iria também levá-lo à barra do tribunal, em 1858, por atentado contra os bons costumes. Apesar do escândalo, a crítica consagra a obra pela novidade, perfeição e equilíbrio, e as tendências realistas.

Em 1862, quatro anos depois da sua viagem a Cartago, Flaubert escreve Salammbo, revelando grandes faculdades criadoras. Em 1869 foi publicada l'Éducation Sentimentale, obra de análise psicológica que não foi bem apreciada e deixou o escritor multo desiludido. Só em 1874 é que publicaria la Tentation de saint Antoine, que foi proibida. Nesta obra trabalhou Flaubert aproximadamente trinta anos. Em 1877 publica um volume de contos. Trois Contes Com a morte de Gustave Flaubert foram publicados, Bouvard et Pécuchet (1881), obra inacabada, Par les champs et par les greves (1885) e quatro volumes da Correspondance (1887-93).

Além destes livros há ainda que mencionar um Dictionnaire des Idées reçues, inacabado, e, a sua copiosa correspondência reunida após sucessivas edições em treze volumes (1933-59), que contém indicações preciosas sobre a sua teoria do romance. Embora Flaubert não caia no cientismo naturalista de Zola, para ele todos os fatos são importantes. Observa, analisa e extrai dos materiais recalhidos uma sintese dos aspectos da vida que pretende tratar, mesmo quando para se evadir da realidade presente os situa no passado, como é o caso da obra Salammbo. A obra de Flaubert representa o expoente máximo do romance realista em França e terá influenciado o escritor português Eça de Queirós.

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Principais obras

Romances:

- Novembro - 1842

- Madame Bovary – 1857 

- Salambô – 1862

- Educação sentimental – 1869

- As tentações de Santo Antão – 1874

Contos:

- Três contos – 1877

Não Ficção:

- Dicionário das Ideias feitas – 1911 (obra póstuma)

Teatro:

- O Castelo de corações - 1880

Principais características do  seu estilo literário

  • Análise psicológica dos personagens;

  • Abordagem de temas relacionados ao comportamento social;

  • Construção de histórias com extremo realismo;​

  • Perfeccionista, demorava em média 5 anos para escrever um romance, pois dizia que precisava sempre utilizar “a palavra certa”.

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